Friday, October 19, 2012

I want to ride

Tive esse sentimento. Amanhã irei para a casa dos meus pais. Quero vê-los. Sempre que estou com eles, sinto-se protegido, imune dos meus próprios medos. Eu bem sei que essa é uma falsa sensação de segurança, mas para que indagá-la se posso, ao menos um pouco, senti-la? 

Pouco sei do que falar, até mesmo sentir. Hoje me ocorreu um episódio triste e tudo. Pensei que se eu estivesse morto, não teria de passar por isso. A vantagem dos mortos é não mais morrer. 

Existe uma influência que impera sobre todas as minhas formas de vida. Ontem, fui triste; amanhã, sê-lo-ei novamente, e já me disseram uma vez: é essa, talvez, minha essência. A minha triste influência é meta. 

Que tal, então, se pulássemos o período de luto e calássemos a boca de todos os sofrimentos com a própria consciência? Eu penso em problemas, e a cada minuto transbordado por reflexões fajutas e insaciáveis, volto à amarga cor que tem a vida e que terá continuamente. 

Sinto-me à vontade para citar um trecho que me traduz, hoje. “Só fiz me levantar, ir até a janela e ficar olhando para fora. De repente, me senti muito só. Quase tive vontade de morrer”.

Édouard de Beaumont, from Le Diable amoureux (The Devil in Love), by Jacques Cazotte, Paris, 1871.

"I'm still writing about you, and you haven't read a word." (Travis Grandt)
At this right time, I write about me as well. I caught you on me, and you do not deserve it. Neither do I. 

1 comment:

  1. Ontem, fui triste. Hoje, sou ontem...

    #Sei bem comoéqueé...

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